As mudanças no mundo, hoje, caracterizam-se por novos níveis de complexidade e contradição. A educação deve preparar indivíduos e comunidades para as tensões geradas por tais mudanças, tornando-os capazes de se adaptar e de responder a elas.
A Escola Profissional Projeto Plural, pretende definir um conceito de escola e um modelo de aprendizagem que conduzam e sustentem um perfil de aluno que corresponda a este desafio.
De forma clara e objetiva, traçar pilares e fundamentos que sustentem esse caminho e essa opção, compreendida e assimilada por toda a comunidade escolar. Criar uma “cultura” e uma identidade que junte, todos, em torno dos mesmos objetivos e pressupostos.
Não se quer uma uniformização de pensamento ou atuação, mas uma referência de padrões que cultive a qualidade do ensino, a valorização absoluta do conhecimento, a liberdade e a responsabilidade individuais, a criatividade, o sentido crítico e a autonomia.
Ao mesmo tempo, transmitir o valor do trabalho, a importância da inserção na comunidade e da participação na sociedade. Formar para a cidadania, fazendo, cada um, tomar consciência da relevância e do privilégio que essa participação constitui.
Favorecer um ambiente onde todos aprendam com cada um e se perceba que é na diversidade perante os outros e o mundo que se encontra a complementaridade, o enriquecimento e o desenvolvimento pessoal.
Pretende-se saber unir educação, ciência e cultura ao saber e ao saber fazer.
O ensino profissional deve saber usar a sua especificidade e a sua mais valia e relação aos outros : tirar partido dos contextos em que se desenvolve, das experiências que proporciona, do saber técnico que promove. Está em condições de PERFIL DO ALUNO 4 permitir uma leitura mais integradora do mundo, de conduzir à identificação e resolução de problemas, de educar para agir, enfim, de emancipar!
Num mundo em permanente mudança, em que o inesperado e o incerto são a marca do tempo que vivemos, em que o ritmo de adaptação a novas realidades é uma exigência contínua, a formação e a aprendizagem têm de orientar-se, forçosamente, para o desenvolvimento de competências que permitam flexibilidade, capacidade de decisão, disponibilidade para aprender sempre, explorando diferentes e vários saberes, agilidade, ousadia e determinação.
Neste contexto, a escola tem de fazer uma gestão flexível do currículo, comprometer os alunos com o seu próprio processo de formação, conduzi-los a pensar criticamente a realidade e o mundo, ajudá-los a melhorar a sua capacidade de comunicação e a valorizar a competência, a exigência e o rigor no trabalho individual ou colaborativo.
Lidar com um mundo em transformação permanente, requer jovens com conhecimentos, capacidades e atitudes que lhes permitam construir uma personalidade sólida e uma integração plena.
É por isso que temos de superar as aprendizagens fragmentadas, as disciplinas compartimentadas no seu espaço de ação, os professores a trabalhar isoladamente, a insistência num conhecimento transmitido, escolástico, fechado. A valorização dos saberes teóricos em detrimento da componente prática e do saber fazer. As avaliações que excluem ou dão pouca relevância a comportamentos, habilidades e atitudes.
Não podemos ter uma escola velha a pensar um mundo novo! Um modelo que não acompanha os paradigmas que hoje nos desafiam.
Nesse sentido, devemos estabelecer prioridades, as que devem ser transversais a todas as áreas curriculares. Incentivar e desenvolver a integração de todas as linguagens possíveis por forma a que os alunos percebam que não há uma resposta, uma fórmula ou um código, mas que na compreensão da realidade estão múltiplas abordagens e diferentes dimensões. Quantas mais conhecermos, mais ampla é a nossa aproximação aos modos como ela se manifesta e traduz.
Do mesmo modo, é fundamental que a escola demonstre a igual importância e a necessária interação entre diferentes discursos sobre a mesma realidade. O discurso técnico e científico aliado à sensibilidade artística e estética, permite leituras abrangentes e uma compreensão alargada, quer do mundo, quer da humanidade.
A escola deve incentivar e desenvolver a integração de todas as linguagens possíveis por forma a que os alunos percebam que não há uma resposta, uma fórmula ou um código, mas que na compreensão da realidade estão múltiplas abordagens e diferentes dimensões. Quantas mais conhecermos, mais ampla é a nossa aproximação aos modos como ela se manifesta e traduz.